O governo de Minas Gerais vai analisar a decisão do governo federal que encerrou o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim). A Secretaria de Estado de Educação (SEE) disse, em nota que as áreas responsáveis estão "estudando as orientações para as devidas providências e encaminhamentos".
Criado em 2019 durante o governo Bolsonaro (PL), o programa permitia que escolas públicas aderissem ao modelo cívico-militar. O formato propunha que educadores civis seriam os responsáveis pela parte pedagógica, enquanto militares cuidariam da gestão administrativa.
- Dentro da sala de aula, as escolas têm autonomia no projeto pedagógico. As aulas são dadas pelos professores da rede pública, que são servidores civis.
- Fora da sala de aula, militares da reserva atuam como monitores, disciplinando o comportamento dos alunos. Eles não têm permissão para interferir no que é trabalhado em aula ou ministrar materiais próprios.
Adesão em Minas
Em Minas Gerais, 17 escolas que aderiram ao programa serão afetadas pela decisão da União. Destas, nove são estaduais e oito municipais. Duas delas, localizadas em Santos Dumont, Zona da Mata, e Montes Claros, Norte de Minas, ainda não estavam definidas e não haviam iniciado o processo. Em Belo Horizonte, duas unidades serão afetadas. (veja a lista completa abaixo)
- Governo decide encerrar programa de escolas cívico-militares
Veja a lista com as escolas afetadas em MG:
Escolas cívico-militares em MG
Escola | Cidade |
Escola Estadual Princesa Isabel | Belo Horizonte |
Escola Estadual dos Palmares | Ibirité |
Escola Municipal Embaixador Martim Francisco | Barbacena |
Escola Estadual Olímpia de Brito | Três Corações |
Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa | São João Del Rei |
Escola Estadual Padre José Maria de Man | Contagem |
Escola Estadual Wenceslau Braz | Itajubá |
Escola Municipal Hilda Leão Carneiro | Uberlândia |
Escola Municipal Livio Múcio Conrado Silva | Lagoa Santa |
Escola Estadual Assis Chateaubriand | Belo Horizonte |
Escola Estadual Professora Lígia Maria de Magalhães | Contagem |
Escola Municipal Francisco Campos | Monte Carmelo |
Escola Municipal Professora Isabel Coutinho | Pouso Alegre |
Escola Municipal Professor Hermenegildo Marques Veloso | Araguari |
Escola Municipal Professor José Geraldo Guimarães | Uberaba |
A definir | Montes Claros |
A definir | Santos Dumont |
Iniciativa de deputados estaduais mineiros
Em abril deste ano, deputados da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais haviam solicitado formalmente ao Ministério da Educação a revogação do programa.
No documento enviado, os parlamentares justificaram que o programa desrespeitava princípios constitucionais previstos para a educação e extrapolava as atribuições previstas para as forças militares.
O MEC iniciou a análise do pedido dos parlamentares em maio, até oficialização nesta quarta-feira (12).
O programa
Criado em setembro de 2019, o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares começou a ser posto em prática no ano seguinte. Foi proposto com o objetivo de diminuir a evasão escolar e inibir casos de violência escolar a partir da disciplina militar.
De acordo com informações do site do programa, ligado ao portal do MEC, pelo menos 200 escolas aderiram ao formato até 2022.
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