Etelvina Barbosa da Cunha se tornou uma figura pioneira na aviação em Minas Gerais ao se tornar a primeira mulher a pilotar um avião na região. Segundo informações de amigos, relataram que pilotou no período de 1947 a 1963, Etelvina pilotou aeronaves com passageiros enquanto seu esposo, o comandante Elias Alves Cunha, transportava mercadorias. Foi ele quem a ensinou a pilotar, revelando o espírito inovador de Etelvina, que também aprendeu mecânica.

Um fato curioso mencionado em um jornal da época, datado de 1973, relata que em uma ocasião colocaram terra no tanque de combustível da aeronave que Etelvina estava pilotando. Mesmo assim, ela conseguiu aterrissar com segurança, danificando apenas a ponta de uma hélice, enquanto transportava uma passageira.

Desde muito jovem, Etelvina demonstrava interesse tanto pela música quanto pelas máquinas voadoras. Descrita como alguém de temperamento decidido, ela sempre tinha uma vontade imensa de aprender e agir. Aos 5 anos de idade, quando sua mãe ficou viúva, Etelvina aprendeu a fiar para ajudar.

O jornal da época (Grande BH de 1973) também revela um detalhe interessante sobre Etelvina: mesmo antes de aprender a pilotar, ela tinha medo de que o avião caísse com seu marido a bordo. No entanto, isso não a impediu de se tornar a primeira piloto de Minas Gerais.

Etelvina Barbosa da Cunha, natural de Patrocínio, esposa do Diretor Técnico e Instrutor Elias Alves da Cunha. Ela obteve sua licença de piloto privado, com o número 2782, em 15 de abril de 1947, no Aero Clube de Patrocínio. Além disso, Etelvina era mãe de dois filhos, Roberto e Humberto Baltazar, que seguiram os passos de seus pais e também se tornaram pilotos, mantendo assim o legado da família na aviação.

Informações: Jornal de Minas - Grande BH 1973 / Facebook Patrocínio que eu Vi / Fotos: Mônica Othero que recebeu de Tânia Aparecida Cunha Prevatto (neta da Etelvina)