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Agronegócio
26/06/2025 - 10h17
Minas Gerais aumenta produção de mexerica ponkan e deve colher 238 mil toneladas em 2025

Minas Gerais deve produzir 238,6 mil toneladas de tangerina ponkan, também conhecida como mexerica ponkan, em 2025, um aumento de 3,1% em relação ao volume registrado em 2024. Os dados são da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG). O pico da safra ocorre entre os meses de maio e julho.

Minas Gerais é o segundo maior produtor nacional de tangerina, ficando atrás apenas de São Paulo. Popularmente conhecida como mexerica, a fruta conta com várias variedades, mas a ponkan é a mais cultivada no Estado.

A cultura ocupa uma área de 12,4 mil hectares em Minas e é dominada pela agricultura familiar, com 6.175 pequenos produtores responsáveis pelo cultivo. “A ponkan tem uma predominância da agricultura familiar por ser uma planta de fácil manejo, com uma produtividade alta por hectare. Isso traz um rendimento bom para os produtores”, explica o coordenador de Fruticultura da Emater-MG, Deny Sanábio.


Principais municípios produtores

Os municípios com maior produção de ponkan no Estado são:

  • Belo Vale, na região Central,
  • Campanha, no Sul de Minas
  • e Brumadinho, na região Metropolitana de Belo Horizonte.

Segundo a Emater-MG, o clima das regiões é um dos fatores que favorecem o cultivo.


“A cultura é encontrada em todo o Estado. Porém, algumas regiões como o Sul, região Central, Zona da Mata e Campo das Vertentes têm maior concentração por causa do clima. No Norte e Nordeste de Minas, os plantios não são tão expressivos devido às temperaturas mais altas. Mas também é possível produzir, principalmente com irrigação”, afirma o coordenador da Emater-MG.


De Belo Vale para o Brasil

Em Belo Vale, maior produtor de tangerina ponkan de Minas Gerais, a expectativa é colher 34,6 mil toneladas em 2025. A cidade conta com 2,1 mil hectares dedicados à fruta.

O produtor Flávio Amaral Santos é um dos responsáveis por manter viva a tradição da cultura no município.  “É um plantio que vem passando de geração em geração. Começou com meu avô, produzindo laranja e mexerica ponkan nos anos 60. Depois disso, meu pai também começou a produção nessa área e, atualmente, eu estou junto com ele no mercado. Minha referência nesse trabalho é desde jovem, chegando da escola e ajudando no cuidado e na colheita. Tenho orgulho da nossa história”, declara.

Na propriedade da família, são 50 hectares plantados com ponkan. Segundo Santos, a colheita deste ano atrasou um pouco por causa da baixa ocorrência de chuvas em fevereiro e março, mas a expectativa é positiva. As frutas colhidas em Belo Vale abastecem diferentes regiões do País.

“Para esse ano temos uma perspectiva de uma boa safra, com um ótimo valor agregado da fruta. Vendemos para São Paulo, Belo Horizonte, Uberlândia, Maceió, Teresina, Espírito Santo e Rio de Janeiro”, diz.


Cuidados com o greening

Apesar das boas expectativas, a Emater-MG reforça a necessidade de os produtores manterem os cuidados para evitar o greening, considerada a mais grave doença da citricultura. Causada por uma bactéria, a doença provoca deformações nos frutos, maturação irregular, queda na produtividade e até a morte das plantas.

O greening é transmitido pelo psilídeo, um inseto que, ao se alimentar da seiva das plantas, pode disseminar a bactéria. As principais medidas de controle incluem:

  • controle químico e biológico do psilídeo;
  • uso de mudas sadias, provenientes de viveiros certificados;
  • erradicação de pomares antigos ou improdutivos;
  • eliminação imediata das plantas diagnosticadas com a doença.

Nas propriedades onde há ocorrência da doença, a retirada das plantas infectadas é obrigatória e deve ser acompanhada por técnicos do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), responsável pela defesa vegetal no Estado.


Com informações da Emater-MG



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