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Fatos e Fotos
23/04/2021 - 15h36
Como manter a qualidade de vida de pacientes com Mal de Parkinson?
Cerca de 1% da população mundial com mais de 65 anos é portadora da doença

Por Stéfany Christina


Todos sabem da importância de manter uma rotina saudável e isso se torna mais necessário com a chegada da terceira idade, onde além de ter uma boa saúde, deve-se ir periodicamente a diversos médicos, dentre eles o neurocirurgião. Isso se deve às várias doenças que acometem essa população, principalmente o Mal de Parkinson.

De acordo com estatísticas, na grande maioria dos pacientes, a doença surge a partir dos 55 anos e sua prevalência tende a aumentar a partir dos 70 anos. E segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1% da população mundial com mais de 65 anos é portadora da doença, indicando que mais de 4 milhões de pessoas vivem com o Mal de Parkinson no mundo atualmente.

Por isso, a redação do Jornal Gazeta de Patrocínio conversou com o neurocirurgião e sócio-proprietário da Neurológika, Dr. Guilherme Magalhães, que tirou algumas dúvidas e indicou o que deve ser feito para manter a qualidade de vida de uma pessoa que sofre com o Mal de Parkinson.

“A doença de Parkinson é um distúrbio neurológico degenerativo crônico que afeta uma área específica do cérebro conhecida como Substância Negra. Essa área é responsável pela produção do neurotransmissor Dopamina que atua na composição e ajuste do movimento voluntário do corpo. A diminuição da produção da Dopamina afeta a movimentação e o ajuste automático da composição do movimento”, afirmou Dr. Guilherme Magalhães.

Dentre os principais sintomas da doença estão lentidão nos movimentos, tremores e rigidez muscular, além disso, o Parkinson também pode atingir a população mais jovem.

“Os sintomas principais da doença de Parkinson são a rigidez muscular, o tremor e a bradicinesia (dificuldade de iniciar o movimento). Geralmente o paciente Parkinsoniano apresenta tremor de repouso, dificuldade de marcha (geralmente em pequenos passos), dificuldade para se levantar da cadeira, dificuldade para iniciar o movimento, diminuição da expressão facial, rigidez muscular”, completou Dr. Guilherme.

A incidência ou o aparecimento de alguns sintomas já durante a juventude reforçam a importância de sempre estar fazendo uma visita ao médico de maior confiança, para que o mesmo possa fazer um diagnóstico mais cedo, facilitando o controle ou o atraso da doença.

“O diagnóstico da doença de Parkinson geralmente é clínico, sendo importante descartar outras patologias que podem apresentar sintomas semelhantes ao Parkinson”, pontuou.

De acordo com o Dr. Guilherme Magalhães, atualmente há diversos recursos que podem auxiliar no controle dos sintomas de forma significativa, e, consequentemente, aumentar a qualidade de vida das pessoas que são acometidas pelo Mal de Parkinson.

“Há atualmente várias medicações disponíveis para o tratamento da doença de Parkinson, devendo o tratamento ser individualizado para cada paciente. Além disso, nos últimos anos têm sido desenvolvidas técnicas cirúrgicas para o tratamento da doença de Parkinson para pacientes que não respondem bem ao tratamento medicamentoso. Incluem desde cirurgias ablativas como a Palidotomia, como o implante de eletrodos cerebrais profundos”, informou e ainda frisou a importância do acompanhamento de um médico especialista, pois é ele quem decidirá a melhor medicação e informará se será necessária cirurgia para o tratamento.

"A diminuição da produção da Dopamina afeta a movimentação e o ajuste automático da composição do movimento" Dr. Guilherme Magalhães

O neurocirurgião ainda informou que deve-se ressaltar a importância da reabilitação do paciente Parkinsoniano com Fisioterapia, Terapia Ocupacional e atividade física. A prática de exercícios físicos e uma boa alimentação também são necessárias para melhorar a qualidade de vida do paciente ou retardar a progressão do quadro.

Além disso, o apoio da família é essencial, tanto para auxiliar o paciente com os medicamentos e exercícios como também de forma emocional, sempre o incentivando e o ajudando a aprender a lidar com as mudanças na sua vida cotidiana.

Outro fator que os pacientes Parkinsonianos precisam é das adaptações em suas casas para a sua nova rotina, como a retirada de tapetes e objetos que podem ocasionar uma queda, talheres com cabos largos, pratos com bordas internas para facilitar a utilização de talheres, apoio bilateral para copos e também a adaptação para botão e zíper. São essas e outras pequenas mudanças que podem melhorar a qualidade de vida e dar esperança de longevidade para quem já sofre com a doença.



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